Agência Pará de Notícias
Dois grandes ícones da cultura
paraense – o Palácio Antônio Lemos, em Belém, e o escritor marajoara
Dalcídio Jurandir – reunidos e dialogando entre si. Esta é proposta do
espetáculo teatral “Solo de Marajó”, do grupo Usina Contemporânea e da
Tá Produções, cuja temporada na capital foi aberta nesta terça-feira,
21, no Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP). Na montagem, o ator
Cláudio Barros dá vida a histórias tiradas do livro “Marajó”, segundo
romance de Dalcídio. O público de Belém, que ainda não tinha assistido à
produção este ano, terá dois bons motivos para aproveitar essa
oportunidade: o espetáculo permanecerá em cartaz por seis semanas e tem
entrada franca. “Solo de Marajó” será encenado sempre às terças e
quartas-feiras, a partir das 20h, no Salão das Artes do MHEP.
Essa nova temporada marca a reestréia do espetáculo em Belém, depois de
circular pelo Arquipélago do Marajó, região em que nasceu o escritor.
Nos meses de abril e maio a peça percorreu os municípios de Muaná,
Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari e Ponta de Pedras, reunindo mais
de mil pessoas, entre estudantes e professores marajoaras, que ajudaram
no debate proposto pelos artistas após cada apresentação.
No palco vazio, Cláudio Barros constrói em cena um universo poético
para expressar o drama do homem amazônico. As oito narrativas de “Solo
de Marajó” foram escolhidas pelo diretor Alberto Silva Neto, em parceria
com o dramaturgo Carlos Correia Santos. Juntas, as histórias constroem
um panorama da vida no Marajó. Para Alberto Silva Neto, reestrear no
Museu Histórico tem um significado especial. “Esse é o encontro de dois
patrimônios do nosso estado. Assim como o Palácio Antônio lemos (onde
está sediado o Museu Histórico do Pará), a obra de Dalcídio Jurandir é
um patrimônio da nossa cultura”, afirmou. Segundo o diretor, apesar das
diferentes naturezas, eles dialogam entre si. “É um contraste, que ganha
sentido porque Dalcídio tem sua obra voltada para o universo do homem
comum da Amazônia, e o Palácio simboliza a herança de uma arquitetura da
elite daquela época”, observou.
Serviço:“Solo
do Marajó”, do grupo Usina Contemporânea e da Tá Produções, prossegue
sempre às terças e quartas-feiras, às 20h, no Salão das Artes do MHEP,
até o dia 26 de junho, com entrada franca. O evento é uma parceria do
grupo com o Museu Histórico do Estado e conta com o apoio do Centro de
Danças Ana Unger. A retirada de convites e entrada do público será pela
lateral do prédio.
Fonte: Agência Pará de Notícias
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