domingo, 26 de maio de 2013

Pará Rural instala em Muaná fábrica de artefatos de fibra natural

 

Com a fibra do buçu, palmeira típica de Muaná, no Marajó, as artesãs produzem uma variedades de peças, entre joias, acessórios femininos e bolsas.

As ruas de rios da região do Marajó e a natureza das áreas de várzea, alagadas em boa parte do ano, dão lugar à convivência pacífica entre palmeiras de açaí e buçu. O açaí talvez todos conheçam, mas o buçu, outra palmeira típica da região, ainda é pouco conhecido. Mais comum no município de Muaná, uma dos 16 que formam o arquipélago, ele tem uma fibra que envolve o cacho do fruto, chamada tururi, que dá vida a peças como bolsas, chapéus, sacolas, presépios, bonecas e bijuterias de todas as cores e formas, pelas mãos das artesãs da Associação Flor do Marajó (Aflomar).
Algumas peças já ganharam os mercados nacional e internacional. Nova fábrica, que fica pronta em 120 dias, vai alavancar a produção. (Foto: Agência Pará)
As peças produzidas devem ganhar novos mercados com a conclusão da fábrica de artefatos de tururi, que está sendo construída pelo governo do Estado, por meio do programa Pará Rural, com financiamento do Banco Mundial (Bird). As obras devem ficar prontas em 120 dias. Mesmo sem a estrutura necessária para a produção em larga escala, a beleza e a textura diferente dos produtos já conquistaram consumidores em exposições de artesanato do Pará e também de Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e até do continente europeu. É que as peças também já participaram de uma exposição em Paris, na França.
Tradição – É assim que o trabalho das artesãs da Aflomar, ou mulheres de Muaná, como também são chamadas, está se tornando conhecido no Brasil e no mundo. Benedita Martins é uma das primeiras artesãs do tururi. Há 51 anos, quando ela tinha apenas 16, tomou contato com a fibra e aprendeu a manuseá-la com as freiras da cidade. Depois disso, passou por diversos cursos de aperfeiçoamento da arte, e hoje, aos 67 anos, ainda está na ativa. Ela aguarda ansiosa a conclusão da fábrica de artefatos. “É um sonho que vai se tornar uma realidade para nós. Tenho certeza que nosso trabalho e nossa renda vão melhorar muito. Será um novo tempo”, acredita.

Enquanto espera pela inauguração da fábrica, a Aflomar já tem quase 100 associadas, que, segundo a presidente, Maria do Livramento, serão capacitadas para colocar a fábrica em operação após a entrega. “O bom é que, como o trabalho da associação é em regime de cooperativa, seremos as donas do negócio, por isso estamos estudando a fundo esse processo de gestão para dar conta da operação da fábrica, com o cuidado para que todos os associados participem e se beneficiem do processo”, assevera.
Segundo o gerente executivo do programa Pará Rural, Antonio Oliveira, a fábrica será o pontapé para que o artesanato do município ganhe outros mercados, no Brasil e também no exterior. “A Aflomar vai poder receber grandes pedidos. Será renda para mais 100 famílias, desenvolvimento para o Marajó e maior valorização das riquezas naturais do Pará, e o tururi é uma dessas riquezas, precisa apenas ser explorado de forma sustentável”, avalia.

Fonte: Agência Pará Noticias

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