Operação DarkNet cumpre mandados no Brasil e países do exterior.
Investigação ocorreu pelo rastreamento de pornografia infantil na deep web.
Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Ao todo, são cumpridos 93 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva no país. O objetivo com as buscas é confirmar a identidade dos suspeitos e buscar elementos que comprovem os crimes de armazenamento e divulgação de imagens, além de abuso sexual de crianças e adolescentes. Outros 12 mandados são cumpridos em Portugal, Colômbia, México, Venezuela e Itália.
Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e
DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Além do Rio Grande do Sul, a Operação DarkNet ocorre nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil. Segundo a PF, apenas as polícias norte-americana e inglesa, FBI e Scotland Yard, haviam realizado este tipo de trabalho.
Segundo a PF, no decorrer da investigação, pelo menos seis crianças foram resgatadas de situações de abuso ou do iminente estupro, em diversos locais do Brasil. Em um dos casos, um pai relatava que iria abusar da filha assim que ela nascesse. Nesses episódios, policiais federais agiram e evitaram que as crianças permanecessem ou se tornasse vítima, prendendo quatro investigados.
Computadores, discos rígidos e celulares foram
apreendidos (Foto: Paula Menezes/G1)
A Operação DarkNet é resultado de um ano de investigações. Mais de 14
endereços IP (sigla para "Internet Protocol", espécie de endereço
virtual) foram analisados. Entre os investigados, há policiais,
empresários e até mesmo padres.apreendidos (Foto: Paula Menezes/G1)
De acordo com a delegada Diana Kalazans Mann, não há um perfil específico de pessoa que comete crime de pedofilia. "Qualquer pessoa, homem ou mulher inclusive, pode ser um praticante desse crime encontramos os mais variados perfis, diferentes classes e profissões", declarou a delegada. No Rio Grande do Sul, foram presos um técnico em informática, técnico em telefonia, professor de jiu-jitsu, auxiliar de enfermagem, porteiro e estudante de matemática.
Segundo ela, não há produção de pornografia infantil sem abuso. "Essas imagens, por mais que se pareça algo banal, é subproduto de um abuso. Nessas redes mais sofisticadas, quanto mais fundo a gente vai, mais encontramos pessoas que abusam de crianças do seu círculo familiar, abusam e compartilham essas imagens com seus contatos", declarou.
Como denunciar
A Operação DarkNet contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul. A procuradora da República Jaqueline Ana Buffon, que atuou no caso, orienta pais a tomarem cuidado com possíveis investidas de pedófilos na internet contra seus filhos e observarem os comportamentos das crianças. Denúncias podem ser feitas por meio do site do órgão ou pelo Disque 100.
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