Miséria, desemprego e exploração sexual. É
com base nesses motivos que o bispo da Prelazia do Marajó, dom Luiz
Azcona, defendeu, a proposta de federalizar o Arquipélago do Marajó,
retirando a região da tutela do governo estadual. A proposta foi o eixo
central da mesa-redonda “Criação do Território do Marajó″, realizada no
dia 24, na Universidade Federal do Pará (UFPA). O encontro reuniu, além
do bispo, o representante da Associação dos Municípios do Arquipélago do
Marajó (Amam), Pedro Rodrigues, a diretora do Instituto de
Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Idesp), Adelina Bráglia, e
o professor da Faculdade de Psicologia da UFPA, Jorge Moraes, que
coordenou a mesa.
Participaram do evento estudantes, professores e pesquisadores. O
encontro teve como objetivo discutir soluções para as dificuldades hoje
vivenciadas pela população marajoara, enumerando os pontos positivos e
negativos resultantes da criação de um estado independente a partir do
Território do Marajó. “A ideia é responder ao questionamento sobre a
viabilidade da federalização, ou seja, se resolve ou não o problema”,
comentou Jorge.
Para dom Luiz Azcona, o direito da pessoa humana está à frente da
Constituição, e, por isso, a federalização deve ser pensada como solução
para as mazelas que afligem a população do Marajó. “O nosso povo vive
com medo, por falta de direitos humanos”, disparou. Azcona, que é um dos
principais defensores da federalização, frisou que “há um abandono
secular do poder público. Os rios do Marajó, que são portas de entrada e
saída para o comércio internacional, não passam por uma fiscalização da
Marinha do Brasil”, reclamou. (O Liberal)
Veja o vídeo abaixo, sobre o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário