Técnicos da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) estão percorrendo as
propriedades rurais do município de Altamira, no oeste paraense, para
conscientizar os pecuaristas sobre a importância da emissão do Cadastro
Ambiental Rural (CAR). O documento que é obrigatório hoje é exigido
pelos frigoríficos na hora da compra do gado. Sem ele, além de não
conseguir comercializar o que produz, o pecuarista também não poderá
licenciar as atividades desenvolvidas na propriedade e nem acessar
financiamento.
“Foi uma surpresa quando soubemos
que o frigorífico não compraria nosso gado porque não tínhamos o CAR. A
primeira providência foi procurar a Emater e buscar informações para
adquirir o documento”, conta Erivan Santos, proprietário do Sítio Santo
Antônio, com 100 hectares, no Projeto de Assentamento Assurini. O
documento, que não é punitivo e, sim, regulatório, é o primeiro passo no
processo de regularização ambiental das propriedades. O agricultor que
tem até quatro módulos fiscais de área, ou seja, de no máximo 300
hectares, pode ter acesso ao documento gratuitamente por meio da
Emater.
Segundo Jamerson Viana, geógrafo da
Emater, convencer os produtores a emitirem o CAR ainda é um desafio,
especialmente por conta da dificuldade que alguns tem de entender a
importância da regularização ambiental de suas propriedades. "O
cadastramento ambiental ajuda a conter o desmatamento. Hoje, no Pará,
existem cerca de 85 mil cadastros emitidos, a maioria de pequenos
estabelecimentos rurais, que correspondem a cerca de 80% desse total.
Mesmo assim, esse número representa menos de 20% das áreas cadastradas, o
que requer uma atenção maior para o trabalho que é feito junto aos
pequenos produtores”, disse o técnico.
Emitir o CAR
agora é prioridade para o agricultor familiar Carlos Borges. “Entendi a
necessidade de fazer o meu cadastro. Trabalho com gado e também com
agricultura e não vou admitir perder nenhuma venda por não ter minha
propriedade regularizada. O processo, além de ser bem simples, ainda é
feito gratuitamente. Então não há motivo para ficar irregular e ainda
correr o risco de ser impedido de comercializar a produção”, disse o
agricultor.
Fonte: Agência Pará de Notícias
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