Enquanto tudo não sai do campo da suposição, a comunidade azulina segue em grande ansiedade. Os jogadores, por sinal, quando indagados sobre o assunto, não sabem nem o que falar para a torcida. “Nós, jogadores, estamos iguais a vocês. Ficamos com esperança, mas não posso passar nada. Na verdade, eu não sei nem o que dizer, porque não vou mentir para o torcedor”, afirma o lateral-esquerdo Berg, que retornou ontem as treinos, depois de ter passado o fim de semana fora de Belém.
O capitão Henrique diz que a ansiedade é grande. “Desde que começou toda essa novela de Série D, a ansiedade é grande e a gente sempre está conversando nos vestiários. Mas, a gente tem fé que nossos diretores vão resolver tudo da melhor maneira para a gente tirar o Remo dessa posição tão incômoda”, confia Henrique.
Remo começa a repatriar jogadores que vieram da base
Jayme, 20 anos, tem uma pequena rodagem no futebol paraense, mas que já lhe rende frutos. Criado nas categorias de base do Clube do Remo, ele alçou ao profissional do clube em 2011, sob o comando de Sinomar Naves. De lá para cá, o jovem atleta oscilou entre a equipe titular e o banco de reservas azulino. Por muitas vezes, devido as já comuns contratações de atacantes de fora a cada nova temporada.
Mesmo assim, ele sempre estava pelas
beiradas do Baenão recebendo elogios. Mas, foi preciso ser transferido
para o Paragominas para ser valorizado dentro da própria casa. Fez
importantes gols pelo Jacaré e foi peça importante na conquista do
vice-campeonato Paraense desse ano. Mas, a grande sorte de Jayme foi ter
cruzado o seu caminho com o do técnico Charles Guerreiro no PFC e
atual treinador do Leão. Com contrato até o fim desse ano, Guerreiro
pediu o fim do empréstimo com o Jacaré, pois considera o garoto com
habilidade diferente de Branco e Leandro Cearense, os dois atuais
atacantes do time azulino.
“O Jayme é aquele atacante que atua pelos
lados, pelas beiradas, como diria Samuel Cândido. Ele será peça
importante para a gente”, comparou o comandante, fazendo referência ao
técnico Samuel Cândido, ex-Tuna Luso. A reciprocidade de Jayme com o
treinador é verdadeira, pois ele acredita que continuará sendo
valorizado por Charles. “É um grande treinador, uma pessoa boa. Lá, em
Paragominas, treinei com ele por três meses e sempre deu muito apoio e
estou feliz por estar voltando a trabalhar com ele. Tenho certeza que
ele vai olhar com carinho pelos garotos da base”, aposta.
Se treina é por que vai ter competição?
Mesmo sem qualquer confirmação oficial sobre
a participação na Série D, a rotina de treinos no Baenão continua
normal. Ontem, os técnicos Charles Guerreiro e Edmilson Melo comandaram
mais um dia de treinos em dois períodos. Pela manhã e pela tarde, os
jogadores foram submetidos a treinos táticos. A atividade em campo
reduzido, de nove contra nove, foi o que marcou os trabalhos.
Apesar das incertezas, o clima é de empenho e
descontração por lá. Durante parte do treino, quatro jogadores, que
ficaram apenas na beirada do gramado fazendo trabalhos físicos,
brincavam com o restante dos titulares. “Nossa Tony (volante), com um
cruzamento desses, você deverá ir para a Europa!”, descontraia o
zagueiro Igor João, logo depois do volante acertar um cruzamento sob
medida.
Os meias Endy e Diego Ratinho e o
lateral-esquerdo Berg completam o grupo de jogadores que treina a parte.
O zagueiro Henrique, tenta minimizar o problema da indefinição. “Nosso
grupo sempre foi bom, não tem vaidade de não querer treinar. Estamos
empenhados e dedicados, porque em qualquer momento pode pintar essa vaga
no nosso calendário. Precisamos estar preparados”, confia.
Fonte: (Diário do Pará)
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