quarta-feira, 31 de julho de 2013

Vitória traz alívio para o Papão

De forma dramática e emocionante, o Paysandu lutou como pôde e foi recompensado, justamente, com a vitória por 2 a 1 em cima do Figueirense, na noite de ontem, em partida válida pela 11ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Pouco mais de quaro mil pessoas foram ao estádio da Curuzu prestigiar a segunda vitória sob o comando do técnico interino Rogerinho Gameleira, que deixa os bicolores na 15ª posição, com 12 pontos, após a saída do técnico Givanildo Oliveira.
O resultado foi construído a partir de um primeiro tempo equilibrado, com atuações iniciais predominantes do Figueirense. Antes dos cinco minutos, os visitantes já haviam tido três escanteios em seu favor, incluindo um chute forte do atacante Marcelo Toscano. A resposta veio na sequência. Aos 10 minutos, Eduardo Ramos cobra falta, e com o goleiro fora do lance, Diego Barboza ajeita e chuta à direita do gol com perigo.
O Figueirense veio armado com duas linhas de quatro, dificultando as investidas do Papão, que ainda perdeu mais um lance com Yago Pikachu, aos 12 minutos. A partir daí, mais uma vez ganhou destaque a ineficiência de Janílson. O lateral-esquerdo, ao perder bola no meio, deu margem a contra-ataque, que resultou em cruzamento de André Rocha, para o arremate do meia Tchô. 1 a 0 para o Figueirense. Talvez nem Janílson soubesse, mas o destino lhe daria o retorno mais adiante. Antes, no entanto, Yago Pikachu investiu em contra-ataque e foi derrubado na área por Wellington Saci. O pênalti foi convertido por Marcelo Nicácio. 1 a 1, no final da primeira etapa.
Nos 45 minutos finais, o Paysandu vestiu a camisa da raça e cresceu rumo à vitória. O antes vaiado Janílson, foi do inferno ao céu, ao armar um cruzamento primoroso na cabeça do atacante Marcelo Nicácio, aos nove minutos. Foi o vira-vira e a consagração do lateral, que ganhou os gritos da torcida. Foi o suficiente para limpar a moral do atleta e, acima de tudo, dar aos bicolores uma vitória justa e merecida.
Até uma estrela que andava apagada brilhou...
Mal sabia ele, mas o destino de Janilson no Paysandu, seria devidamente posto em cheque na partida de ontem. Antes, vindo de um retrospecto desastroso, com direito a diversas vaias em campo e comemorações ao ser substituído; contra o Figueirense pelo menos o final foi diferente. Longe de merecer os mais calorosos elogios, mas a atuação do lateral foi digna pela superação pessoal, ao sair do inferno para o céu.
Quando recebeu a bola no meio-campo, Janilson teve diversas possibilidades, mas preferiu arriscar um lance duvidoso, que rendeu a perda da bola para o adversário. Mais infeliz impossível. Rapidamente, o zagueiro André Rocha avançou pela direita e preparou cruzamento. Na indecisão da zaga, o meia Tchô, sem nada a ver com a história, só teve o trabalho de arrematar na calma para a abertura do placar.
Janilson entrava em um precoce inferno astral. Vaias de todos os lados, pressão da torcida e um nervosismo visível deixavam o jogador com medo de participar do jogo, mesmo exigido pelos companheiros. Foi difícil para ele, mas o destino resolvera lhe dar mais uma chance. Apenas alguns minutos o levaram para a volta por cima.
Na segunda etapa, o lateral provou que também está vivo no elenco e, finalmente, caiu nos braços da torcida. Quando o Paysandu crescia no jogo, pouco se esperava do atleta, até ali totalmente criticado, mas aos nove minutos, ao receber uma bola no pé, não pensou das vezes em avançar em direção à linha de fundo, e cruzar na cabeça de Marcelo Nicácio. O autor, de forma incomum, foi menos festejado do que o assistente.
“Estava numa fase que tudo o que você faz dá errado, mas eu tive consciência de que não cheguei aqui à toa. Eu acho que o torcedor tem direito de cobrar, eu sei que estou devendo à torcida, mas eu fico com os pés no chão e muito feliz pela vitória”, concluiu emocionado.
Gameleira segurou bem o abacaxi
Na primeira partida que esteve ao comando do Paysandu, a vitória sobre o Paraná foi tida como a mais confiante até ali. Foi a primeira participação central de Rogerinho como treinador do Paysandu. Passado o tempo, após nova crise e demissão, Gameleira retorna e consegue mais três pontos, a terceira vitória em 11 jogos. O argumento segue o mesmo, e parece que só com ele os jogadores assimilaram o quanto é preciso ter raça.
“Eles fizeram tudo aquilo que a gente pediu. Assimilaram bem, e colocaram em prática. Saímos atrás do marcador, mas viramos a partida. Eles estão de parabéns pela resposta positiva. Nesse campeonato precisamos do grupo e hoje (ontem) deu certo”, comemora o treinador interino, mantendo as características exigidas no que diz respeito ao posicionamento e armação tática da equipe.
“Pedi atenção na marcação e na movimentação dos jogadores. Pedi muito que eles se movimentassem e pudessem entrar na defesa adversária. E isso aconteceu, sobretudo com o Diego, o Eduardo, Iarley e Nicácio. O Esdras ficou mais na contenção e o Zé Antônio jogou mais atrás da linha da bola. Dessa forma, o time soube atuar em campo e conseguiu reverter o resultado”, detalha. “Acho que não terá tempo para o novo treinador comandar o time neste final e semana, mas independente disso estou aqui confiante no meu trabalho”, desabafa.

Fonte: (Diário do Pará)

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