Detentos reclamam de superlotação, falta de visita íntima e água. Susipe diz que novo presídio deve ser inaugurado em 15 dias.
Cerca
de 80 presos da seccional de Breves, na ilha do Marajó, realizaram um
motim e mantiveram um agente prisional como refém na manhã desta
quarta-feira (12). Os detentos, que são custodiados pela
Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), reclamam da
superlotação na unidade.
De acordo com a Susipe, os internos exigem a transferência para um
novo presídio no município, que deve ser inaugurado nos próximos 15
dias. Eles ainda teriam reivindicado o direito de receber visitas
íntimas, e reclamam da falta de água nas torneiras da unidade que,
segundo a Susipe, seria um problema enfrentado por toda a população da
cidade.
Durante a manifestação, os presos mantiveram um agente penitenciário
como refém. A Polícia Militar foi acionada para negociar e conseguiu
controlar a situação no início da tarde. A vítima foi liberada sem
ferimentos.
A Susipe informou que o Centro de Recuperação Regional de Breves, na
ilha do Marajó, já está pronto e aguarda apenas um ajuste no
abastecimento de água, e a avaliação e liberação da Caixa Econômica
Federal para ser inaugurada. A capacidade da unidade será de 123
internos em 31 celas, sendo uma adaptada para pessoa com necessidade
especial, três para visita íntima e sete celas individuais para pessoas
com nível superior.
Ainda de acordo com a Susipe, os 78 presos custodiados na seccional
devem ser transferidos para diferentes penitenciárias do estado. Quarto
detentos que comandaram a ação serão transferidos para o Centro de
Recuperação Penitenciária do Pará III (CRPPIII) para medidas
disciplinares, outros dois presos serão transferidos por motivo de
segurança para outras unidades.
A obra custou mais de R$ 4 milhões para receber presos do regime
fechado. O local vai custodiar os detentos que estão na Delegacia de
Breves e o resto das vagas deve atender a demanda do arquipélago do
Marajó.
Fonte: G1
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