quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Dema investiga vazamento de caulim em Barcarena

A Delegacia de Meio Ambiente (Dema) instaurou inquérito policial para investigar o vazamento de caulim que atingiu o igarapé Curuperé em Vila do Conde, Barcarena. A substância vazou durante substituição de tubulação feita pela empresa Rio Capim Caulim, do grupo Imerys, que passa pela nascente do rio. Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente também estiveram no Curuperé para avaliar o incidente. Dois autos de infração foram emitidos contra a Imerys.
Marcos Lemos, delegado de Crimes contra a Fauna e Flora da Dema esteve no local ontem acompanhado de peritos do Centro de Perícias Renato Chaves, que recolherem mostras da água e de sedimento do fundo do rio para análise. “Na investigação vamos ouvir a comunidade atingida e representantes da empresa. Com o resultado da análise da perícia em mãos vamos avaliar que medidas tomar”, explicou o delegado, que não estipulou prazo para a conclusão do inquérito.
A Imerys informou que após o acidente providenciou barreiras de contenção de areia e a sucção do rejeito, evitando que a contaminação do leito do rio fosse ainda maior. Os moradores reclamaram que acidente com rompimento de tubulação é bastante comum na área. Criticaram ainda a demora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em chegar ao local do vazamento, mais de três horas depois do ocorrido.
A Imerys reafirmou ontem em nota que o material do vazamento (cerca de 0.5 m3, composto por 95% de água e 5% de caulim) foi totalmente removido em poucas horas.

Caulim já vazou antes e contaminou os igarapés

Num grave acidente em 2007, a Imerys Rio Capim Caulim, depois de muito negar, admitiu o uso de pelo menos nove produtos químicos para beneficiar o caulim. Os produtos se espalharam em toda a bacia hidrográfica do rio Pará, numa quantidade estimada de 60 mil metros cúbicos de caulim, poluindo os igarapés Curuperé e Dendê. As afirmações foram feitas em depoimento na Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), ao delegado Marcos Lemos, que está apurando o incidente de segunda e que também presidiu o inquérito policial sobre o caso há seis anos. O diretor industrial da Imerys à época, Milton Constantin, declarou que na produção e beneficiamento a empresa usa carbonato de sódio (barrilha) e poliaclilato de sódio como ‘agentes dispersantes’, ainda na mina, para separar o caulim da areia. Para evitar entupimento do mineroduto é usado sulfato de alumínio e glutasaldeído no caulim para impedir a corrosão. Já na planta da empresa, em Vila do Conde, são usados óxidos de ferro e de titânio para separação dos resíduos de areia e outros minerais que não interessam à empresa. Ainda é adicionado poliacrilito e o caulim é alvejado com ácido sulfúrico, sulfato de alumínio e hidrosulfito de sódio.

Fonte: (Diário do Pará)

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