Desde
que a Agência foi criada em 2006, o número de acidentes aéreos no
país não pára de crescer. No Pará, a fiscalização sobre
aeronaves é insuficiente
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará ajuizou ação civil
pública contra a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pelo
excessivo número de acidentes aéreos ocorridos no Estado nos
últimos anos. A ação pede que a Agência seja obrigada a
apresentar programa de fiscalização permanente e presencial em
todos os aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e em todas as empresas que
trabalham com manutenção aeronáutica.
As fiscalizações eram rotineiramente realizadas até 2006, quando o
controle da aviação civil estava sob responsabilidade do DAC, mas
foram paulatinamente abandonadas a partir da criação da ANAC, que
fechou vários postos de fiscalização no Estado. Só no Pará, de
2010 até agora já aconteceram 12 acidentes aéreos.
De
acordo com dados do Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) o Brasil teve até o
ano de 2012 um total de 1.026 acidentes aéreos, com perda de 299
aeronaves e de 983 vidas em 250 acidentes fatais. Em 2013, foram 19
acidentes fatais no país até julho, com a morte de 42 pessoas.
“Chama a atenção o fato de que a quantidade de acidentes, que há
anos vinha apresentando uma tendência de queda, sofreu uma inversão
desta tendência a partir de 2006, ano de criação da Anac, ocasião
a partir da qual a quantidade de acidentes não parou, anos após
ano, de aumentar”, diz a ação do MPF.
O aumento do número de
acidentes aéreos no país foi objeto de análise pelo Cenipa, que
chegou a recomendar à Anac mudanças na gestão para melhorar a
fiscalização do setor. Entre as oito recomendações do Cenipa, a
Anac deveria “aumentar significativamente a fiscalização e o
controle das oficinas de manutenção”, “incrementar a
fiscalização da aviação em geral”, “revisar o controle das
empresas de táxi aéreo”. A Anac não respondeu aos pedidos de
informação do MPF e não esclareceu se atendeu as recomendações
do Cenipa.
O pedido do MPF será
apreciado na Justiça Federal em Belém, mas ainda não foi
distribuído entre as varas judiciárias nem tem numeração
processual.
Ministério Público
Federal no Pará
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